terça-feira, 29 de abril de 2008

Venha à mim e seja qualquer coisa incerta...

Venha à mim e sejas qualquer coisa incerta.
Uma lágrima de saudade, um sorriso talvez.
Um amplexo nesta frialdade sem tamanho,
um consolo neste mundo egocêntrico.
Venha, sejas meu motivo - e que bem o sejas.
Tome-me nos teus braços, enlace-me.
Tome-me como nunca tomaste nenhuma.
Num misto de pureza e lascívia.
Deseje-me. Queira-me como eu sou.
Venha, logo. Entre ósculos e mordidas.
Mostrar-te-ei o que é a divina essência
Da felicidade. Nós a encontraremos juntos.
Venha à mim e sejas qualquer coisa incerta:
O que me falta nesta existência.
Afague-me, acaricie-me.
Tome este corpo exausto para ti.
Venha! Não hesites. Não dê passos para trás.
Não penses, não divagues.
Apenas tome minh'alma.
Apenas venha, meu querido...
E seja qualquer coisa incerta.