quinta-feira, 17 de abril de 2008

Hey love, don't turn away now. These are the scars that silence carved on me...


Sinto uma calmaria. Uma tranqüilidade. Estranho esse estado de espírito. Certeza de que tudo é passageiro.
Que será essa força que me acalma e me acaricia o rosto? Que será esse conforto infundado? Uma espécie de conforto baseada numa força abstrata. Queria tanto que essa força não fosse apenas abstrata... Como queria que ela se materializasse... Bem próxima... Aqui. Comigo.

Ultimamente tenho precisado muito de uma força para apertar-me contra o seu peito e beijar-me a testa... Um abraço bem forte e um carinho para dormir. Minha mente está cansada de somente um espírito para guiá-la. Meu corpo está sentindo-se enganado...

Mesmo perante esta agonia, sinto a presença ausente desta nova força na minha vida. Ela me arranca sorrisos quando estou cabisbaixa. Faz-me desejar cada mais estar ao seu lado, e torna-se como um vício.


Cogumelo Plutão
Esperando na janela


Quando me perdi

Você apareceu
Me fazendo rir
Do que aconteceu
E de medo olhei
Tudo ao meu redor
Só assim enxerguei
Que agora eu estou melhor

Refrão:
Você é a escada da minha subida
Você é o amor da minha vida
É o meu abrir de olhos do amanhecer
Verdade que me leva a viver
Você é a espera na janela
A ave que vem de longe tão bela
A esperança que arde em calor
Você é a tradução do que é o amor

E a dor saiu
Foi você quem me curou
Quando o mal partiu
Vi que algo em mim mudou
No momento em que quis
Ficar junto de ti
E agora sou feliz
Pois lhe tenho bem aqui



quarta-feira, 16 de abril de 2008

Hungry for you. Watch me tearing myself to pieces...

"É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção...porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque escrevo! Que fatalidade é esta?" Clarice Lispector


O que é o tempo? Nós o gastamos tanto, gastar mesmo: Desperdiçar. Será que temos noção da efemeridade da vida? Tudo acaba tão rápido. Tudo passa de um modo até mesmo assustador. Quando reparamos em algo, já passou por nós. O mundo não pára de girar, nada pára. Mesmo quando estamos pedindo por socorro, ninguém pára. Tudo continua acontecendo, não há como pedir pra descer.

A vida em si é apenas um sonho. Sonho o qual um dia acordamos. E esse despertar é chamado de Morte.

Será válida toda essa jornada rumo à algo que não sabemos ao certo definir? Só saberemos quando chegar no momento. E é incrível como ninguém quer que esse momento chegue. Podemos ver uns poucos desgraçados que desejam, mas grandiosa parte deles mesmos não têm coragem de terminar logo com isso, e findar suas existências terrenas. Será que a vida vale tanto assim?

Qual é o maior valor da vida?

Deixo aqui uma pergunta. E penso em qual seria as respostas que as pessoas me dariam... E por isso farei uma pesquisa com esta questão. Tão logo eu as tiver, as colocarei aqui.

"A vida -- e não acredito que sou o primeiro a fazer esta comparação -- é uma doença: sexualmente transmissível e invariavelmente fatal." Neil Gaiman
"A vida não vale que as pessoas se dêem ao trabalho de a deixar." Jacques Rigaut

"
A cada manhã que acordo, experimento novamente um prazer supremo - o da existência." Salvador Dalí

Essa pesquisa, decidi fazer anteontem, ao voltar da faculdade e ver a seguinte afirmação: "O maior valor da vida é a saúde." Sinceramente, não concordo com ela em nenhum aspecto, pois várias pessoas prezam muito suas respectivas vidas, e as levam com pouca saúde, doentes, sem membros, ou com problemas sérios e mesmo assim, a prezam. Então este não pode ser o maior valor. Quero saber as opiniões de algumas pessoas quanto à isso. :)


terça-feira, 15 de abril de 2008

How could an angel break my heart?

"Strange how you know inside me
I measure the time and I stand amazed
Strange how I know inside you
My hand is outstretched toward the damp of the haze

And of course I forgive
I've seen how you live
Like a phoenix you rise from the ashes
You pick up the pieces
And the ghosts in the attic
They never quite leave
And of course I forgive
You've seen how I live
I've got darkness and fears to appease
My voices and analogies
Ambitions like ribbons
Worn bright on my sleeve

Strange how we know each other

Strange how I fit into you
There's a distance erased with the greatest of ease
Strange how you fit into me
A gentle warmth filling the deepest of needs

Strange how we fit each other

Strange how certain the journey
Time unfolds the petals
For our eyes to see
Strange how this journey's hurting
In ways we accept as part of fate's decree"



Trechos de: Vienna Teng - Eric's Song


Can't you hear my storm coming? Stones falling on to you...

Desculpem pelo post sem grandes escritos, mas hoje estou impossível... Simplesmente não dá pra escrever...
Então colocarei o poema que fiz especialmente pra alguém:

A Busca

Encanta-me os olhos da aurora
Sorri-me o horizonte de outrora
Vinte anos de espera pelo desconhecido
Em busca do verdadeiro sentido

Palavras, insígnias, gestos, sussurros
invariavelmente soam como urros
numa alma inquieta e sagaz
Em busca da verdadeira paz.

A luz do Sol que aquece a mente
tentando esquecer o inconsciente
de minh'alma perdida, em ardor
Numa busca única pelo amor.

14/04/08
23:30

segunda-feira, 14 de abril de 2008

I just died in your arms tonight. Must be something you said...

"Eu trocaria todos os meus amanhãs por um único ontem." Janis Joplin

"Para entender o coração e a mente de uma pessoa, não olhe para o que ela já conseguiu, mas para o que ela aspira." Gibran Khalil Gibran

"Tudo que escrevo é meu e vem de mim; é visceral e vital." Lya Luft


Como num ímpeto, começo a escrever. E é tudo que faço bem, nestas horas fúnebres que se passam, vagarosamente. Observo o relógio e sua árdua caminhada ao próximo minuto. Que dor! Os segundos ardem como brasa quente, queimando minha pálida cútis.


Que posso fazer para que esta agonia infernal me deixe? Preferiria a inércia absoluta do que estar permanentemente acompanhada pela melancolia. Minha confidente nestas horas vazias, em que divago no espaço insone das madrugadas. Madrugadas gastas.

Alguém poderia me acudir? Estou pedindo abertamente por um auxílio, e todos sabem muito bem o quanto orgulhosa sou, e o quanto adoro ser auto-suficiente em quantos mais aspectos puder. Que dor, que dor que me acolhe! Parece que alguém segura meu coração e o esmaga impiedosamente em sua mão, apertando-o até todo o sangue escorrer por entre os dedos, raivosos. Quem sabe seria melhor se um gládio logo o perfurasse? Será que existe cura para o mal que me aflige? Será...?

Sinceramente aguardo uma resposta positiva. Minha maior ânsia é uma cura. Eterna. Quero um príncipe num cavalo branco, e que ele venha e me salve desta vida a qual eu respiro com dificuldade, esse ar pesado e desgastante. Quero uma vida encantada, com seres mágicos e uma alegria sobrenatural. Quero desejos intensos e correspondidos de modo igual. Quero um mancebo perfeito aos meus olhos, e quero que eu seja a sua perfeita (porque perfeição está no olhar de cada um). Quero ser sua rainha e que ele seja eternamente meu rei. Quero que vivamos em nossa própria realidade, somente nossa. Livre de qualquer interferência. E que combatamos o mundo juntos. Juntos.

Quero que o amor que nos marque seja incessante, e que ultrapasse qualquer barreira existente, e que seja impossível de deter. Quero abraços expressem a afeição que nossos corpos sintam um pelo outro. Quero que meu companheiro me diga palavras que soem como melodias harmoniosas e belas, e quero poder cantá-lo uma canção para dormir, embalado pelos meus braços. Quero proteção. Quero admiração. Quero que ele seja o único enigma que me encanta, e que me arranque sorrisos por qualquer gesto que ele tenha. Quero descobri-lo por completo... E quero que ele me descubra. Quero ser seu mistério favorito.

Não desejo mais um "amor" efêmero, nem mais superficialidades. Não desejo falsos sorrisos, e sim lágrimas verdadeiras. Não desejo apenas tê-lo em meus braços, mas nos meus pensamentos. Não desejo deixá-lo desmoronar sozinho, mas acudi-lo e caso não consiga, desmoronar com ele. Não desejo que apenas me elogie, mas críticas que me ajudem a melhorar. Não desejo apenas prazer, tampouco apenas diversões. Não desejo riquezas materiais. Não desejo demonstrações públicas mas sinceras. Não desejo mentiras, mesmo que sejam para proteção.

Penso em tudo isso, e penso no quanto não peço muito. Apenas detalhes que fazem toda a diferença. Sei que não sou guria de capa de revista e portanto não peço o mesmo, mas quero que a mentalidade seja demasiado superior à novelinhas sem importância. Minha ânsia é crescer, constante ascensão, e desejo alguém que me acompanhe nesta jornada.

Uma vida calma porém tempestuosa como meu temperamento. Beijos trocados após a discussão de quem mais se gosta. Abraços apertados. Uma carta. Outra carta. Palavras sussurradas no ouvido e uma leve mordida. A sensação de beijá-lo com muita, muita saudade. A presença na ausência. Uma voz que acalma, mesmo quando o mundo está caindo. Sorrisos sem motivos aparentes. Sorrisos bobos, sem graça, acanhados. Lágrimas de alegria. O carinho de consolo. O olhar que penetra e encontra a alma, sem nenhuma dificuldade. A queda das máscaras: O amor.

(12/04/08 - 22:50 -> 14/04/08 - 21h)



domingo, 13 de abril de 2008

O Sol não queima somente a pele

"Sofrer e chorar significa viver."
Fiodor Dostoievski
"O homem morre a primeira vez quando perde o entusiasmo."
Honoré de Balzac


Do site Wikipedia:
Melancolia (do grego μέλας "negro" e χολή "bilis") é um estado psíquico de depressão sem causa específica. Se caracteriza pela falta de entusiasmo e predisposição para atividades em geral. (...)
Pessoas com sintomas de melancolia falam de si próprias como "inúteis", "incapazes de amar", "incapazes de fazer algo bem, ou de bom para os outros", como "irritantes", com "hábitos chatos", e outras características onde o eu interior é desvalorizado por afirmações muitas vezes falsas.
Não estou afirmando nada, mas simplesmente é isso. Que desânimo! Estou desfalecendo, numa falta de vontade, parece que me faltam forças... Tudo parece tão chato. Tudo se assemelha entre si, e tudo tão... Desanimador. Sinto-me indiferente. Indiferente à tudo. Esta languidez me devora viva.

TÉDIO

Passo pálida e triste. Oiço dizer:
“Que branca que ela é! Parece morta!”
e eu que vou sonhando, vaga, absorta,
não tenho um gesto, ou um olhar sequer ...

Que diga o mundo e a gente o que quiser!
- O que é que isso me faz? O que me importa? ...
O frio que trago dentro gela e corta
Tudo que é sonho e graça na mulher!

O que é que me importa?! Essa tristeza
É menos dor intensa que frieza,
É um tédio profundo de viver!

E é tudo sempre o mesmo, eternamente ...
O mesmo lago plácido, dormente ...
E os dias, sempre os mesmos, a correr ...


Florbela Espanca (Livro de Mágoas)