domingo, 19 de outubro de 2014

Just kill me now

You make me feel pain and pleasure,
You forced me more than never
That's really too strange to measure,
so I'd prefer not to have you ever.

If feelings for you are always superficial and vain,
It's so not me, I'm deep and intense
If you don't  have a heart to maintain,
Just let me here in my cold mountain.

In the first times, you were so kind and sweet,
You were softly holding me in peace
then you started to treat me like a piece of meat,
not caressing in my times of need.

If all you wanted was physical,
Sorry, I want much more, something mystical
If all you do is torture me,
So why don`t you kill me now?


Thais Barbiere
4:13 PM 6/27/2011

terça-feira, 1 de julho de 2014

Novos tempos

Alma lavada,
O doce sussuro do vento.
Ecos de um sentimento quase desconhecido,
Antes descrente.
O nascer ensolarado da esperança,
Mitigando as nuvens desiludidas da decepção.
A chuva lavou minh'alma.
Essas pequenas gotas de carinho e de atenção.
O raiar de uma alegria contagiante,
Junto ao cantar dos pássaros, que de manhã, já me enche de sorrisos.
E uma saudade inconsolável,
Que me aperta com o passar dos minutos.

Lá vem o entardecer, belo como o teu riso.
E a escuridão não mais traz à tona aquela solidão desconcertante. 
Vejo com mais clareza as estrelas brilharem no céu,
Pois nelas observo o seu olhar.
A brisa gélida da noite me abraça, como que gentilmente consolando,
E nesse momento me sinto acolhida.
Apenas esperando que as estrelas dos teus olhos
Encontrem com os meus.
Que a brisa de teu abraço me envolva,
E que o palpitar de teu coração
Bata sob meu corpo pálido.
Chove em mim.

Thais Barbiere
01-07-2014 (18:51)

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Impassível diante do dragão

Parte 1

Que fazer agora?
Eu, que sempre tão segura de meus atos
E tão insegura de mim mesma.
Tenho dúvidas do que faço,
Embora agora entenda quem sou eu.

Que faço agora?
Que já não sei se vou pro norte,
Ou que o vento do sul me leve bem forte,
Não mais me importo, 
Só quero ir.

Que fazer?
Se não tenho mais sorrisos frágeis,
Mas um semblante sério e pragmático.
Intimamente ciente da realidade.
Tão diferente da serena inocência
De uma época jovial e inconsequente.

Que faço eu?
Se já não quero mais sofrer. 
Chorei tudo que podia, e agora
As lágrimas não mais caem.
Desejo chorar e não consigo. 
Incapaz de sentir novamente. 

Parte 2

Que fazer, alguém me ouve? 
Pergunto incessantemente a um pedaço de papel,
Como se fosse um amigo in persona. 
É ele que me consola,
E o lápis escreve minhas dores,
Expurgando-as de meu ventre.

Tu me ouves? E me vês?
Ponha cá tua mão aflita,
Sinta a palpitação inerte de meu coração.
Tu, tão enérgico, e eu, tão morta. 

Realmente me ouves, anjo meu?
Acho que estás perdido, em alguma esquina,
Em algum conto de fadas inexistente. 
Cá estou eu, observando a realidade de perto,
Porém longe de participar. 

Parte 3

Acho que estou sozinha.
Não existem ruídos. Nada, ninguém.
Estou num breu silencioso,
Profundíssimamente imersa em meus pensamentos,
Não há coisa alguma que pudesse me reavivar a consciência agora.

Estou sozinha porém acompanhada.
Minha mente prega peças irresistíveis,
Bem como me sustenta de modo indiscutível.
Não sei o que dizer,
Mas há sempre algo a se dizer.

Estou sozinha, e as palavras surgem
Como pequenas borboletas num parque verdejante,
E como a areia que queima nossos pés decalços numa bela praia.
O Sol descama minha pele e 
Eu clamo pela Lua. 

Tão majestosa e pálida,
Procuro ser altiva como a estátua de cera 
que se encerra em nosso céu,
Tão pouco estrelado. 
Obscuro como uma tumba antiga. 

Parte 4

Declamo loucuras e inconsistências,
As palavras parecem droga, 
Sempre me causam um vício sem igual.
E fico eu, paralisada diante de tamanho esplendor, 
Infinitude de seus significados.

Sofro quietinha,
Afinal não se sofre em conjunto. 
Cada dor é singular, cada dor é própria,
E não se partilha.
Dor não é moeda de troca.

Dói, e eu somente aceito e
Escrevo. 
Tentando iludir-me, mas bem sei
Que o saber me impede de não sentir.

E o sofrimento espalhado não sai,
Perfura minha carne e meus ossos.
Coleta meus líquidos da vida,
E me deixa, sonolenta e tediosa.

O sofrimento faz calar meus desejos,
Prende minhas alegrias e esperanças numa caixinha preta,
E a joga num poço. 
Lá ela se perde, 
E a agonia se revela desesperadora.

Porém permaneço, 
Pálida e altiva - como a Lua.
Sozinha e silente, movendo-me rápido e lentamente, 
Indescritivelmente absorta,
Impassível diante do dragão.

Thais Barbiere
09-04-2014

O tempo

Faz um bom tempo... 
Faz tanto tempo que quase me perdi. 
Perdi-me em minhas memórias, em minhas desventuras, em minhas insatisfações e loucuras. 
Faz tanto tempo, mas tanto tempo, que já nem sei...
Se sou eu ou se sou ti. 

Thais Barbiere
09-04-2014