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Numa torre"And yet I need not to need
Or else a love with intuition
Someone who reaches out to my weakness
And won't let go
I need not to need
I've always been the tower
But now I feel like the flower trying to bloom in the snow"
The Tower - Vienna Teng
-> Pode ser ouvida
aqui.
Não me aflijas, coração!
És apenas parte de mim, e não o todo.
Não mo condenes
a ser tua escrava eternamente.
Nem tentes, por favor.
Pois não pretendo obedecê-lo.
Não desejo para mim
outra vida de dores e desilusões.
Já vivi e já morri nesta minha existência,
e não quero repetir tal peripécia.
O sofrimento é tão grandioso
que mal cabe em ti, coração!
Então, não e não!
Porque anseias a ti mesmo ferir?
Se sem dor podes viver,
e dela se curar?
Neguei-te no passado
em vão, devo dizer.
Porém não mais,
não mais quero me lamentar.
Melhor viver isolada das emoções
e perto ficar da razão.
Aprisionar-te numa torre,
e deixar-te lá à morrer, pobre coração!
Th.
Escrito em: 29/6/2009
Versos Perdidos
Estes versos perdidos deveriam simular uma dor.
Não a dor de um ódio, e tampouco a de amor.
Ela provém de uma profunda indiferença,
que, de quem escreve, (fatalmente) assina sua sentença.
As linhas que se seguem procuram descrever...
O quanto doloroso lhe é viver.
Pois aquela que acreditava, quando criança,
Já viu desfalecer a sua própria esperança.
As palavras usadas, tão milimetricamente arranjadas,
são mais do que escritas, são expelidas, lançadas.
E são parte do todo: como vértebras, são a base a sustentar;
E ao dar vivacidade, são como o sangue a jorrar.
Quem vos profere singelas frases de desânimo e pessimismo,
é, inevitavelmente, acalentada por um romantismo,
que em nada a socorre, somente a ilude.
Sonhos, desejos, aspirações, devaneios. Amiúde.
Estes versos perdidos deveriam simular uma dor.
Não a simulam talvez pela falta de um amor.
Pois se a inércia é o que passo, que dor posso sentir?
Não tenho motivos nem força, até mesmo para sorrir.
Th.B.
4/1/2010