quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Confissão silente

Tempo agradável. O friozinho inebria minha mente com inúmeras palavras tal qual o amor incendeia o coração de um mancebo enamorado. Uma vontade súbita de escrever por horas a fio me surge como uma necessidade, não unicamente intelectual, mas fisiológica. Pudera eu reservar um singelo dia de minha limitadíssima existência para embebedar-me de literatura e anoitecer, sonhando (acordada ou não - afinal a insônia é o alimento do pensamento) com poemas de amores: suas graças e dissabores; poemas tristes e melancólicos: o spleen inconfundível da alma! Pudera eu erguer meu onírico castelo medieval e cercar-me de magia! Observo porém minha face inconsolável sob o lago mudo. As lágrimas caem do céu e molham meu corpo, e meus lábios repentinamente sorriem frente a agradabilíssima sensação de sentir!
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