quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

I write sins not tragedies

Tenho conseguido escrever atualmente. Acho que isso tem me feito muito bem. Sei que não sou uma boa escritora, mas escrevo com as palavras do coração e da mente. As palavras simplesmente fluem, e saltam. São muito mais do que somente escritas, são vomitadas pra fora de mim. É como se elas pedissem encarecidamente para saírem. Com um desespero tão forte e tão aterrador que preciso parar qualquer coisa que eu estiver fazendo para derramar minhas letras sob a face pálida da folha. É mais forte do que eu, e do que qualquer sentimento contrário. A emoção de escrever é como que me congelasse por inteira. Minha face só consegue observar as palavras, uma atrás da outra, incessantemente saindo. Meus olhos brilham enquanto os dedos não param um minuto. Minha alma respira profundamente, na mais incrível calma.

É como se a folha sugasse todo o desespero contido em minh'alma, e me restasse uma paz quase irresistível. Um bem tão notório, que é como se eu tivesse saído do paraíso, e nele tivesse ficado e descansado por dias a fio. O paraíso abandonado por Eva, a Pasárgada desejada pelos mais incríveis autores, o Shangri-La de qualquer sonhador. As árvores me parecem mais verdejantes, enquanto que o vento sopra em meus cabelos macios e ruivos (quase loiros), embriagando-me de uma essência de rosas rubras, plantadas em meu jardim. A vista para as casas parece mais bela, mesmo que com um monte de construção contemporânea, e não as antigas (e castelos) como eu sempre admirei. Até as pessoas caminhando me soam como crianças felizmente saltitantes pelos seus caminhos etéreos. Tudo parece diferente. Até eu.

Th. (01/02/2012)

Words, by LittleRedRisingHoody >>> Link


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