Versos Perdidos
Estes versos perdidos deveriam simular uma dor.
Não a dor de um ódio, e tampouco a de amor.
Ela provém de uma profunda indiferença,
que, de quem escreve, (fatalmente) assina sua sentença.
As linhas que se seguem procuram descrever...
O quanto doloroso lhe é viver.
Pois aquela que acreditava, quando criança,
Já viu desfalecer a sua própria esperança.
As palavras usadas, tão milimetricamente arranjadas,
são mais do que escritas, são expelidas, lançadas.
E são parte do todo: como vértebras, são a base a sustentar;
E ao dar vivacidade, são como o sangue a jorrar.
Quem vos profere singelas frases de desânimo e pessimismo,
é, inevitavelmente, acalentada por um romantismo,
que em nada a socorre, somente a ilude.
Sonhos, desejos, aspirações, devaneios. Amiúde.
Estes versos perdidos deveriam simular uma dor.
Não a simulam talvez pela falta de um amor.
Pois se a inércia é o que passo, que dor posso sentir?
Não tenho motivos nem força, até mesmo para sorrir.
Th.B.
4/1/2010
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
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Um comentário:
Antes de qualquer coisa, devo lhe informar que eu fiz o meu login no Blogger hoje tão somente para comentar aqui hahaha.
Estás escrevendo a cada dia melhor, bambina! Adorei! O conteúdo, as rimas... tudo! Porém... espero que não seja (tão) verdadeiro.
Baci, amore! =)
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