segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Language is leaving me in silence...

Versos Perdidos

Estes versos perdidos deveriam simular uma dor.
Não a dor de um ódio, e tampouco a de amor.
Ela provém de uma profunda indiferença,
que, de quem escreve, (fatalmente) assina sua sentença.

As linhas que se seguem procuram descrever...
O quanto doloroso lhe é viver.
Pois aquela que acreditava, quando criança,
Já viu desfalecer a sua própria esperança.

As palavras usadas, tão milimetricamente arranjadas,
são mais do que escritas, são expelidas, lançadas.
E são parte do todo: como vértebras, são a base a sustentar;
E ao dar vivacidade, são como o sangue a jorrar.

Quem vos profere singelas frases de desânimo e pessimismo,
é, inevitavelmente, acalentada por um romantismo,
que em nada a socorre, somente a ilude.
Sonhos, desejos, aspirações, devaneios. Amiúde.

Estes versos perdidos deveriam simular uma dor.
Não a simulam talvez pela falta de um amor.
Pois se a inércia é o que passo, que dor posso sentir?
Não tenho motivos nem força, até mesmo para sorrir.


Th.B.
4/1/2010


Um comentário:

disse...

Antes de qualquer coisa, devo lhe informar que eu fiz o meu login no Blogger hoje tão somente para comentar aqui hahaha.

Estás escrevendo a cada dia melhor, bambina! Adorei! O conteúdo, as rimas... tudo! Porém... espero que não seja (tão) verdadeiro.

Baci, amore! =)