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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Poema de apenas uma face

Um anjo torto me achou.
Ele me olhou e falou,
num sussurro alto,
num berro e num salto:
'Vai, Thais! Ser gauche na vida!'
E eu, como despedida, 
virei as costas e bufei:
- Não fales o que já sei!
Senhor anjo, me explique
agora, com carinho, e recite
outras palavras menos dolorosas
que aquelas, por demais rancorosas.
Mereço por quê?
Não cumpri meu dever?
Diga-me, já nasci para ser
com um destino sem poder?
Quieta, calada, mau-humorada,
ranzinza, solitária, e desesperada.
Largue de meus pés!
Queres que eu seja quem tu és?!
Anjo sem escrúpulos, ó anjo torto!
Mude minha sorte de reles morto...!

Thais Barbiere
16.06.2006 (01:08)

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Yellin' Fighter

Oh I wonder if this war will never end.
My arms are tired and my soul is haunted.
Sorrow fulfills my hollow eyes,
Why, oh Lord, why can't I die?

There is always a new battle,
For the green fields we must fight!
To save the maiden inside the dungeon.
There is always a new battle for my heart.

Soldier with an insecure heart,
Fighter with so trumbling hands.
Priest with no true faith,
Thief with no will to steal.

I've got no reasons to keep with life,
As long as my heart is not alive.
I lost my faith in mankind,
When love's such a cruel assassin.

Lord, oh Lord... Please leave me to die.
In battle I shall end my life.
There is no justice in my existence.
Sword, take my blood.

Thais B. (18/06/2013)

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Ó Tristeza

" (...) Entorpeceu-me o olhar; meu pulso fraquejava;
Não doía a dor, nem o prazer tinha inda flores:
Por que não vos fundistes, a deixar-me o espírito
Deserto do que quer que fosse - exceto o nada?"

John Keats

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Dor descomunal


Tudo que sei é que quero cair,
não me segurem, por favor.
Eu quero cair.
A doença da vida não me permite viver,
e a dor é cada vez maior.
Sinto, nesse momento,
um misto de depressão, agonia e desespero,
uma vontade louca de sumir,
a beira do colapso.
Mas eu devo chorar sem lágrimas,
gritar sem voz,
dormir sem sono,
viver sem vida.
Um gosto amargo de morte na boca,
e algo queima dentro de mim,
no peito no lado esquerdo.
A dor descomunal que sinto,
Que nunca antes senti
nesta existência moribunda,
me dói a alma.
Viver ou amar: eis a questão.

sábado, 30 de julho de 2011

Descobri...

Uma espécie de explicação de meus desamores... Perfeita, perfeita!


Fatalismo


Amo o que em ti há de trágico. De mau.
De sublime. Amo o crime escondido no teu andar.
A tua forma de olhar. O teu riso fingido
e cristalino.
Amo o veneno dos teus beijos. O teu hálito pagão.
A tua mão insegura
na mentira dos teus gestos.
Amo o teu corpo de maçã madura.
Amo o silêncio perpendicular do teu contato
A fúria incontrolável da maré
nas ondas vaginais do teu orgasmo.
E esta tua ausência
Este não-ser que é
Manuela Amaral

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Such a lovely cold July...

Sweet July... 
Bitter as our symphony. 
Our song of goodbye, 
our horrible dreams, 
beautiful nightmares. 
In this winter madness, 
hope lies on the ground. 
There's no rest, 
it feels so numb. 
Soul frozen and twisted in the essence. 
All the flames of joy are distant and cloudy. 
I'm nostalgic and melancholic 
in the heart of darkness... 
On the sweet and cold July.


Th.
04/07/2011

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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Feel so grey this day...



Such a grey day... 
Grey as my soul. 
It's such a grey day, 
grey as my mind.
I feel no colours in my world. 
No colours painting my view, it's so sad. 
I see grey lights in every road. 
Grey houses and grey animals. 
The waters are grey, 
the trees are grey,
the silence are grey. 
It's so grey, uh! 
My life is colourless, 
I find no trace of smile.
I can't find anything different than my grey view. 
It's such a grey night, grey lights... Grey heart.

Th.
29/06/2011

posted from Bloggeroid

terça-feira, 28 de junho de 2011

Chasing sorrow

Here I am...


Losing faith in destiny. 
Losing faith in happiness. 
Losing faith in love. 
I could not find any hope: exactly what I was looking for... 
I tried and tried to find, 
in each place, each room, each piece of darkness or light. 
All day and night. 
But the unforgiven hand of grief 
touched me so intense and held my heart so tight, 
taking out my breath. 
Not as insecure as I might turn to be, 
my soul now lies restless and depressive 
on its secret shelter. 
My - even more - pale and exhausted face 
only waits and waits... 
To life to come.

Th.
28/06/2011
posted from Bloggeroid

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Song for the broken-hearted

What you had the best were your eyes. 
They used to embrace me and envolve me. 
I kinda like when you stopped on your way and stared at me... 

I looked to you with my shy tiny eyes, 
Never pretending more than I seem. 
You said ''I won't lie to you. 
I can't lie to you. 
I won't lie to you''. 

You said some beautiful words, 
full of pleasure, full of desire. 
I was almost believin'. 
I never believed so easily, my dear.
 So easily. So easily. 

I asked you to tell me 'bout your life, feelings... 
Simple things and others not so much. 
My mind remembers every silly phrase... 
You opened up, or that's what I really thought. 

You said ''I won't hurt you. 
I won't hurt. I won't hurt you'' 
and staring at my eyes, 
you said, you said, you said. 

I never believed so easily... 
I said, I never! But now I kinda had this damn hope. 

I was never the one who believes and who screams, 
and now... I do it both... Out loud. 

How can I measure the hurt, since it's far too deep? 
You broke my heart, 
I need a new armor, to protect my sanity. 
I don't have much sanity anymore... 
Anymore. 
No more. 
This was the last time, I promised me. 
Promised me, a promise.

"So why do I try? I know I'm gonna fall down."

Th.
27/06/2011

Hate the way you lie

You make me feel pain and pleasure,
You forced me more than never
That's really too strange to measure,
so I'd prefer not to have you ever.

If feelings for you are always superficial and vain,
It's so not me, I'm deep and intense
If you don't  have a heart to maintain,
Just let me here in my cold mountain.

In the first times, you were so kind and sweet,
You were softly holding me in peace
then you started to treat me like a piece of meat,
not caressing in my times of need.

If all you wanted was physical,
Sorry, I want much more, something mystical
If all you do is torture me,
So why don`t you kill me now?


Th.
4:13 PM 6/27/2011

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Universo não é uma idéia minha.


O Universo não é uma idéia minha.
A minha idéia do Universo é que é uma idéia minha.
A noite não anoitece pelos meus olhos,
A minha idéia da noite é que anoitece por meus olhos.
Fora de eu pensar e de haver quaisquer pensamentos
A noite anoitece concretamente
E o fulgor das estrelas existe como se tivesse peso.
Alberto Caeiro

domingo, 16 de janeiro de 2011

High Hopes in Low Places

O que há    



O que há em mim é sobretudo cansaço —  
    Não disto nem daquilo,  
    Nem sequer de tudo ou de nada:  
    Cansaço assim mesmo, ele mesmo,  
    Cansaço. 
    A sutileza das sensações inúteis,  
    As paixões violentas por coisa nenhuma,  
    Os amores intensos por o suposto em alguém,   
    Essas coisas todas —  
    Essas e o que falta nelas eternamente —;  
    Tudo isso faz um cansaço,  
    Este cansaço,  
    Cansaço. 

    Há sem dúvida quem ame o infinito,  
    Há sem dúvida quem deseje o impossível,  
    Há sem dúvida quem não queira nada —  
    Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:  
    Porque eu amo infinitamente o finito,  
    Porque eu desejo impossivelmente o possível,  
    Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,   
    Ou até se não puder ser... 

    E o resultado?  
    Para eles a vida vivida ou sonhada,   
    Para eles o sonho sonhado ou vivido,  
    Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...   
    Para mim só um grande, um profundo,  
    E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,   
    Um supremíssimo cansaço,   
    Íssimno, íssimo, íssimo,  
    Cansaço...

Álvaro de Campos

sábado, 6 de novembro de 2010

"Alone, I am drunk on my thoughts; in company, I am sober again." Mason Cooley





Antípoda

Sou gélida como os pólos. Fria até a alma.
Impassível diante do dragão, extremamente calma.
Minha cidade: Cria do Sol e do mar.
Tanto calor e animação! Fazem-me sufocar.

As árvores balançam, finalmente uma brisa refrescante.
Repentinamente, ouço o choro de um infante.
Silêncio me foi roubado. Deram-me o som da aflição!
Vejo no canto dos pássaros a única solução.

Este céu azul, todos o acham tão belo e amável!
Para mim, será futuramente uma recordação afável.
Meu devaneio bicolor sugere o tom cinzento,
E entre o preto e o branco, presenciar o firmamento.

Decido caminhar pelas ruas - inebriada em meus pensamentos.
Tantos seres ao redor: Falsos sorrisos, enganosos sentimentos.
Dissimular e mentir fazem parte do cotidiano.
Prefiro, todavia, trancar-me mais, ano após ano.


Thais Barbiere
4/1/2010


Obs.: Infelizmente não sei quem é o responsável por essa imagem, pois a tenho no meu computador há muito tempo e sempre a admirei, somente sei que o nome dela é "Unveil my pain".

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Imóvel

Sigo sem rumo - Sem passos certos.
Sigo incerta, sem sonhos, só solidão.
Ando, num andar tonto e torto.
Andarilha - Para longe de mim.

A estrada que se segue é longa,
e a bebo - como um elixir.
Corro do passado aflito, sem vida,
a um futuro que não sei se existirá.

Olho para os lados - Nada, ninguém.
Respiro aliviada, a multidão me assusta.
Desejo ir onde não haja inércia,
onde eu possa finalmente algo sentir.

Sigo sem rumo - Sem passos certos.
Sigo incerta, insone, sem nome.
Ando para o abismo, inebriada.
Andarilha - Para perto do fim.

Thais B.
25/04/10

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Language is leaving me in silence...

Versos Perdidos

Estes versos perdidos deveriam simular uma dor.
Não a dor de um ódio, e tampouco a de amor.
Ela provém de uma profunda indiferença,
que, de quem escreve, (fatalmente) assina sua sentença.

As linhas que se seguem procuram descrever...
O quanto doloroso lhe é viver.
Pois aquela que acreditava, quando criança,
Já viu desfalecer a sua própria esperança.

As palavras usadas, tão milimetricamente arranjadas,
são mais do que escritas, são expelidas, lançadas.
E são parte do todo: como vértebras, são a base a sustentar;
E ao dar vivacidade, são como o sangue a jorrar.

Quem vos profere singelas frases de desânimo e pessimismo,
é, inevitavelmente, acalentada por um romantismo,
que em nada a socorre, somente a ilude.
Sonhos, desejos, aspirações, devaneios. Amiúde.

Estes versos perdidos deveriam simular uma dor.
Não a simulam talvez pela falta de um amor.
Pois se a inércia é o que passo, que dor posso sentir?
Não tenho motivos nem força, até mesmo para sorrir.


Th.B.
4/1/2010